terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lançamento de livro: Direitos e Ajuda Humanitária: perspectivas sobre família, gênero e saúde


"Direitos e Ajuda Humanitária: perspectivas sobre família, gênero e saúde", Organização: Patrice Schuch e Jaqueline Ferreira, editora da FIOCRUZ


O livro conta com artigos de Alessandra Rinaldi, Claudia Fonseca, Delma Pessanha, Fernanda Bittencourt Ribeiro, Francine Saillant, Jaqueline Ferreira, Luciene Jimenez, Madine VanderPlaat, Nair Monteiro Teles, Patrice Schuch, Rubens Adorno e Wanda Espírito Santo.


O primeiro lançamento do livro será realizado pela Editora da FIOCRUZ, em conjunto com outras obras, no RJ, dia 14 de dezembro de 2010, na Blooks Livraria - Praia de Botafogo, 316, a partir das 18h30.

Sobre o livro:

"Os capítulos que compõem este livro inovador resultaram de discussões fomentadas em grupos de trabalho cujos participantes se reuniram, em 2006 e 2007, na 25a Reunião Brasileira de Antropologia (RBA) e na VII Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM). Nesses grupos, assim como neste livro, o foco são estudos etnográficos voltados para a complexidade dos múltiplos entrecruzamentos existentes entre a linguagem dos ‘direitos’ e a do ‘humanitarismo’. O inovador é a superação de uma dicotomia simplista que geralmente associa, de um lado, difusão de ‘direitos’ a mudanças emancipatórias e, de outro, crescimento de projetos de ajuda humanitária a mudanças reparatórias.
Os textos desta coletânea instauram um novo campo de investigações no qual a retórica dos ‘direitos’ e a da ajuda humanitária entrelaçam-se em uma dinâmica comum, presente em projetos políticos e morais de transformação. Os estudos mostram como a constituição e o uso de ‘direitos’ se articulam frequentemente com práticas de caridade, filantropia, assistencialismo, clientelismo e personalismo. São assim analisados casos nos quais organizações da sociedade civil, no Brasil, muitas de alcance internacional, atuam como agências importantes na difusão de dispositivos jurídicos, e igualmente são abordados como tais dispositivos ganham sentidos somente quando em diálogo com práticas construtoras de noções de bondade, justiça e humanidade. Portanto, o que todos os textos buscam e o que os leitores neles encontrarão é a compreensão de diversas racionalidades, sentidos e pertencimentos – religiosos, políticos, comunitários, étnicos, classistas – envolvidos nessa complexa trama entre ‘direitos’, ‘cidadania’ e ‘humanitarismo’. No atual contexto brasileiro e internacional, este livro torna-se imprescindível para todos os que se interessam pela interface entre ciências sociais e direitos humanos, seja porque nela pesquisam ou porque nela atuam em organizações da sociedade civil ou em órgãos do setor público." (Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, Professora do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), Vice-Presidente da Associação Nacional de Direitos Humanos – Pesquisa e Pós-Graduação (ANDHEP).


"Os artigos reunidos em Direitos e Ajuda Humanitária constituem uma contribuição interessante e inovadora para refletir sobre os dilemas da cidadania face às políticas públicas nas democracias contemporâneas, tendo como foco o Brasil. Ao cultivar a perspectiva etnográfica e valorizar o ponto de vista do ator-cidadão, a obra dá concretude ao modo como as políticas dirigidas às minorias são vividas e percebidas pela população-alvo de um modo não passivo. Os casos analisados permitem discussões renovadas sobre a articulação entre os princípios de justiça e solidariedade na formulação e implementação de políticas públicas voltadas para a cidadania. Nos exemplos aqui reunidos tal articulação se expressa na instituição de políticas de respeito a direitos associadas a políticas assistenciais e à filantropia. O livro oferece rico material para amadurecer reflexões sobre uma importante questão: em que medida demandas por acesso a direitos e políticas que promovam a efetiva observação dos mesmos podem ser combinadas de modo criativo com políticas de ajuda humanitária a fim de viabilizar processos sociais emancipatórios que ampliem o acesso a bens, serviços e melhorias na qualidade de vida, sem retirar a autonomia do ator nem diminuir a dignidade do cidadão?" (Luis Roberto Cardoso de Oliveira, professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA).






Carta aberta de Professora da UFRGS para voto favorável ao Estatuto da Igualdade Racial

Prezados Senhores,

Venho por meio desse email pedir o voto favorável ao Estatuto da Igualdade racial.

Sou professora da UFRGS e participo da coordenação do Núcleo de Antropologia e Cidadania. Dentre minhas tarefas está a formação de cientistas sociais e a sensibilização de profissionais ligados a saúde e educação para temas relativos às relações interraciais no sul do Brasil. Atuo na formação de grupos de pesquisadores para a realização de trabalhos relacionados a etnicidade, relatórios técnicos de regularização fundiária em especial para quilombolas, tratando diretamente sobre as relações raciais no Sul do Brasil. Atuei mais recentemente em cursos de capacitação sobre a temática racial para professores, estudantes estrangeiros e funcionários na UFRGS no âmbito da implementação de ações afirmativas nessa universidade junto a colegas e profissionais que examinam os avanços e dilemas das ações afirmativas em nosso cotidiano.

Representei a UFRGS na Audiência Pública no STF quando da apreciação por parte do Supremo Tribunal Federal, ouvindo diversas vozes da sociedade a fim de deliberar sobre a constitucionalidade do sistema de reserva de vagas que adota o recorte étnico racial.

Atualmente a UFRGS, assim como outras universidades e Instituições Federais desse Estado, mantém uma série de ações institucionais para tornar o tema uma preocupação transversal às diversas áreas de conhecimento e potencializar a capacitação de profissionais no enfrentamento das desigualdades sociais visíveis de maneira contundente quando adotamos uma perspectiva étnico-racial.

A adoção de políticas visando a desracialização de nossas relações em vista a uma verdadeira igualdade de condições no mundo social tem ocupado nossas atenções e preocupações e por isso a aprovação do Estatuto é fundamental.

O Estatuto da igualdade racial oferece linhas de ação e permite elaborar ações concretas uma vez que chama a atenção aos nexos entre desigualdade e preconceito. Chamo a atenção que esses não são dois problemas diferentes e sim dois aspectos da desigualdade no Brasil que tem se reforçado mutuamente e que o Estatuto é uma ferramenta fundamental para a o enfrentamento das desigualdades sociais e desrracialização das mesmas.

Especialmente quando examinamos as disparidades dos índices de desenvolvimento humano, do ponto de vista dos acessos por aspectos étnico-raciais, ficam visíveis o enorme esforço que ainda temos que galgar para atingir os ideais de bem estar social em nosso estado.

Esse, portanto, não é um tema tão somente quantitativo, gerador de dados, mas o Estatuto aponta para preocupações permanentes das relações interpessoais, no sentido de promover espaços de visibilidade e gerar uma preocupação com o bem estar social, reparando os imensos abismos criados e reiterados por desvantagens históricas e atuais.

Certo de seu voto favorável ao estatuto, despeço-me.

Atenciosamente,

Denise Jardim


Profa Dra Denise Fagundes Jardim
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Departamento de Antropologia
Av. Bento Gonçalves, 9500
Prédio 43311 - Bloco AI
Campus do Vale -
Porto Alegre - RS
91509-900
Tel-fax 005551 33086638

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Convite: Jornada Direitos Humanos, Políticas de Estado e Práticas de Justiça


PROGRAMAÇÃO


13 de outubro – Quarta-feira – Auditório do ILEA


13:30 - Abertura – Denise Jardim (NACi) e Fernando Seffner (GEERGE &
Observatório-ILEA)
14;00 – Auditório do ILEA


Migrações Contemporâneas e Direitos Humanos

Pilar Uriarte – (NACi) Entre África e as Américas: Juventude, imigração e
circulação internacional
Fanny Longa (NACi) - Experiências de deslocamento forçado e violência no
território dos wayuu do sul da Guajira colombiana: reflexões sobre práticas de
moralização do comportamento feminino pela violência para-estatal.
Daniel Etcheverry – (NACi) Um antropólogo entre campos de pesquisa,
imigrações na América Latina e EU.
Debatedor: Pe Joaquim (Igreja Pompéia/Cibai – Migrações)
Coord: Alex Martins Moraes (NACi)

14 outubro – Quinta-feira - 13:30 – Auditório do ILEA

Políticas de Estado & Práticas de Governo: olhares sobre o campo da saúde
Lucenira Kessler (NACi): Imbricações políticas nas práticas cotidianas do
Sistema Único de Saúde- SUS: Entre o saber nativo e o fazer antropológico.
Laura López (UNISINOS)– Políticas, significados e redes em torno da Saúde da
População Negra
Pedro Nascimento (UFAL)– Concepções sobre o “direito” de ter filhos:
políticas de saúde e os discursos sobre acesso a serviços de reprodução
assistida.
Coord e Debatedora: Heloisa Paim (NACi)

14 de outubro – Quinta-feira - 18:30 –Panteon/IFCH

Práticas de Justiça: cruzando temas sobre a promoção da cidadania

Patrice Schuch (UNB)– Feitiço ou Fetiche da Lei? Antropologia e o estudo dos
direitos.
Fernanda Ribeiro (PUC-RS)-Entre queixas e autoridades: crianças, família e
agentes de proteção.
Mayra Lafouz (NACi)– Percurso para o reconhecimento: a territorialidade dos
faxinais no Paraná”
Coord e Debatedora: Sinara Porto Fajardo (NACi/ALERGS)

15 de outubro – Sexta-feira - 13:30 – Auditório do ILEA

Conhecimento e a promoção da cidadania
Raquel Mombelli (NUER/SC & Pós doutoranda do Instituto Brasil Plural) –
Quilombos e poderes públicos: convergências e impasses no campo do
reconhecimento dos direitos.
Paulo Leivas (MPF)– Reflexões sobre o acesso a medicamentos através da
Justiça
Debatedora: Claudia Fonseca (NACi)
Coord: Miriam Chagas (Antropóloga perita do MPF)

Encerramento

Promoção: Observatório Interdisciplinar de Direitos Humanos/ILEA, Núcleo de Antropologia e
Cidadania/PPGAS.

Apoio: Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas, UFRGS, FAPERGS, CAPES e CNPq.

Comissão organizadora: Alex Martins Moraes, Alexandre Peres de Lima, Ana Paula Arosi,
Cassio de Albuquerque Maffioletti, Denise Jardim, Daniel Etcheverry, Heloisa Paim, Larissa
Cykman de Paula, Lucas Besen.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carta aberta sobre cotas na UFRJ


Ao contrário do que pretendem afirmar alguns setores da imprensa, o debate em torno de políticas afirmativas e de sua implementação no ensino universitário brasileiro não pertence à UFRJ, à USP ou a qualquer setor, "racialista" ou não, da sociedade. Soma-se quase uma década de reflexões, envolvendo intelectuais, dirigentes de instituições de ensino, movimentos sociais e movimento estudantil, parlamentares e juristas.

Atualmente, cerca de 130 universidades públicas brasileiras já adotaram políticas afirmativas - entre as quais, a das cotas raciais - como critério de acesso à formação universitária. Entre estas instituições figuram a UFMG, a UFRGS, a Unicamp, a UnB e a USP, que estão entre as mais importantes universidades brasileiras.

Em editorial da última terça-feira, 17 de agosto, intitulado "UFRJ rejeita insensatas cotas raciais", o jornal O Globo assume, de forma facciosa, uma posição contrária a essas políticas afirmativas. O texto desmerece as ações encaminhadas por mais de cem universidades públicas e tenta sugestionar o debate em curso na UFRJ. Distorcendo os fatos, o editorial fala em "inconstitucionalidade" da aplicação do sistema de cotas, quando, na verdade, o que está em pauta no Supremo Tribunal Federal não é a constitucionalidade das cotas, mas os critérios utilizados na UnB para a aplicação de suas políticas afirmativas.

Na última década, enquanto a discussão crescia em todo o país, a UFRJ deu poucos passos, ou quase nenhum, para fazer avançar o debate sobre as políticas públicas. O acesso dos estudantes à UFRJ continua limitado ao vestibular, com uma mera pré-seleção por meio do ENEM, o que significa um processo ainda excludente de seleção para a entrada na universidade pública. Apesar disso, do mês de março para cá, o debate sobre as cotas foi relançado na UFRJ e, hoje, várias decisões podem ser tomadas com melhor conhecimento do problema e das posições dos diferentes setores da sociedade em relação ao assunto.

Se pretendemos avançar rumo a uma democracia real, capaz de assegurar espaços de oportunidades iguais para todos, o acesso à universidade pública deve ser repensado. Isto significa que é preciso levar em conta os diferentes perfis dos estudantes brasileiros, em vez de seguir camuflando a realidade com discursos sobre "mérito" (como se a própria noção não fosse problemática e como se fosse possível comparar méritos de pessoas de condição social e trajetórias totalmente díspares) ou sobre "miscigenação" (como se não houvesse uma história de exclusão dos "menos mestiços" bem atrás de todos nós).

Cotas sociais - e, fundamentalmente, aquelas que reconhecem a dívida histórica do Brasil em relação aos negros - abrem caminhos para que pobres dêem prosseguimento aos seus estudos, prejudicado por um ensino básico predominantemente deficiente. Só assim os dirigentes e professores das universidades brasileiras poderão continuar fazendo seu trabalho de cabeça erguida. Só assim a comunidade universitária poderá avançar, junto com o país e na contra-mão da imprensa retrógrada, representada por O Globo, em direção a um reconhecimento necessário dos crimes da escravidão, crimes que, justamente, por ainda não terem sido reconhecidos como crimes que são, se perpetuam no apartheid social em que vivemos.



Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2010



Assinam os professores da UFRJ:



Alexandre Brasil - NUTES

Amaury Fernandes – Escola de Comunicação

André Martins Vilar de Carvalho - Filosofia/IFCS e Faculdade de Medicina

Anita Leandro – Escola de Comunicação
Antonio Carlos de Souza Lima – Museu Nacional

Beatriz Heredia - IFCS

Clovis Montenegro de Lima - FACC/UFRJ-IBICT
Eduardo Viveiros de Castro – Museu Nacional

Denilson Lopes – Escola de Comunicação

Elina Pessanha - IFCS

Fernando Alvares Salis – Escola de Comunicação

Fernando Rabossi - IFCS

Fernando Santoro - IFCS

Flávio Gomes - IFCS

Giuseppe Mario Cocco - Professor Titular, Escola de Serviço Social

Heloisa Buarque de Hollanda – Professora Titular, Escola de Comunicação/FCC

Henrique Antoun - Escola de Comunicação

Ivana Bentes – Diretora, Escola de Comunicação

Katia Augusta Maciel - Escola de Comunicação

Leilah Landim – Professora – Escola de Serviço Social

Leonarda Musumeci – Instituto de Economia
Lilia Irmeli Arany Prado – Observatório de Valongo

Liv Sovik – Escola de Comunicação

Liz-Rejane Issberner - FACC/UFRJ-IBICT
Marcelo Paixão – Instituto de Economia

Marcio Goldman – Museu Nacional

Marildo Menegat – Escola de Serviço Social

Marlise Vinagre - Escola de Serviço Social

Nelson Maculan - Professor titular da COPPE e ex-reitor da UFRJ

Olívia Cunha – Museu Nacional

Otávio Velho – Professor Emérito, Museu Nacional

Paula Cerqueira – Professora Instituto de Psiquiatria

Paulo G. Domenech Oneto – Escola de Comunicação
Renzo Taddei – Escola de Comunicação

Roberto Cabral de Melo Machado - IFCS

Samuel Araujo – Escola de Música

Sarita Albagli – Professora PPG-FACC-UFRJ/IBICT

Silvia Lorenz Martins - Observatorio do Valongo

Suzy dos Santos – Escola de Comunicação

Tatiana Roque – Instituto de Matemática

Virgínia Kastrup – Instituto de Psicologia

Silviano Santiago, Professor emérito, UFF




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Lançamento de livros: "Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo" e "Dinâmicas da Cidadania"



Livros a serem lançados, da coleção: Práticas de Justiça e Diversidade Cultural (NACi/UFRGS)


"Experiênicas, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo", de Patrice Schuch, Miriam Vieira e Roberta Peters (Orgs.)

"Dinâmicas de Cidadania: abordagens etnográficas sobre a diversidade", de Cintia Müller e Miriam Chagas (Orgs)


Dia: 16/08, segunda feira.
Horário: 18:30h
Endereço: Livraria Zouk, Rua Garibaldi, 1333. Bom Fim
Outros livros da coleção Práticas de Justiça e Diversidade Cultural:
- "Cartografias da Imigração", de Denise Jardim (Org.)
- "Antropólogos em ação: experimentos de pesquisa em direitos humanos", de Soraya Fleischer, Patrice Schuch e Claudia Fonseca (Orgs)
- "Práticas de Justiça: antropologia dos modos de governo da infância e juventude no contexto pós-ECA", de Patrice Schuch
- Políticas de Proteção à Infância: um olhar antropológico", de Claudia Fonseca e Patrice Schuch (Orgs.)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lançamento de livro: Ética e Regulamentação na Pesquisa Antropológica

Organização: Soraya Fleischer e Patrice Schuch



Enganam-se os que crêem que as pesquisas nas ciências sociais são inócuas. Muitas vezes, seus impactos, diretos ou indiretos, em políticas públicas e em ideologias em geral, têm um enorme alcance. Por isso, o aprofundamento do debate sobre a ética na pesquisa em ciências sociais é cada vez mais necessário. No campo da antropologia, ele tem sido levado no Brasil, há alguns anos, em especial por iniciativas da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Mas, dada a natureza cambiante das questões sociais, políticas, culturais e econômicas, é preciso estar constantemente retomando os termos do debate para aperfeiçoá-lo, difundi-lo e contribuir para a incorporação prática dos seus resultados por parte dos pesquisadores e das instituições. Produto de um seminário realizado na UnB, este livro constitui uma excelente contribuição nessa direção e leitura necessária para todos aqueles que têm consciência da necessidade da ética na pesquisa.



Gustavo Lins Ribeiro, diretor do Instituto de Ciências Sociais da Unb. professor titular do Departamento de Antropologia da UnB

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Chamada para Inscrição de Trabalhos no GT 8, VI Encontro da ANDHEP



A ANDHEP (Associação Nacional de Direitos Humanos - Pesquisa e Pós-Graduação) estará realizando entre os dias 16 e 18 de setembro deste ano, na UnB, o IV encontro anual com o tema "Direitos Humanos, Cidades e Desenvolvimento".
A programação segue em anexo e as incrições para os Grupos de Trabalho foram prorrogadas para o dia 07/06, por motivo da greve na UnB.
Eu sou debatedora do GT 8, "Diversidade e Direitos Humanos" (veja resumo abaixo), coordenado por Ana Lúcia Pastore Schriztmeyer e gostaria de convidar a todos a participar deste encontro e do nosso GT.
A programação do encontro encontra-se em anexo e maiores informações sobre o modo de inscrição no evento e nos GTs podem ser encontradas no seguinte endereço: http://www.andhep2010.sinteseeventos.com.br/



GT 8 – Diversidade e Direitos Humanos
Coordenadora: Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer (Professora da FFLCH-USP/ ANDHEP)
Debatedora: Patrice Schuch (ICS-UnB)


A retórica dos "direitos humanos" é um dos discursos políticos mais importantes de nosso cenário contemporâneo, constituindo projetos efrentes de transformação social e suscitando o engajamento moral e político de vários agentes e agências. Muitos trabalhos de pesquisa têm discutido as inter-relações entre direitos humanos,práticas de justiça e diversidade cultural. Essas análises têm destacado a atuação de instituições de proteção e promoção dos direitos humanos, seus projetos e efeitos, assim como a multiplicidade das práticas e sentidos de justiça e dignidade humanos, elaborados à luz das experiências sociais particulares de agentes diversos. Este GT discutirá a interface entre direitos humanos, práticas de justiça e diversidade cultural, dando atenção especial às relações entre projetos de promoção e proteção aos direitos humanos e sensibilidades jurídicas particulares.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Permitam-me... outro lançamento: Luísa


Esta é minha filha Luísa, nascida em 31/03/2010
Muita VIDA, querida!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Lançamento de livro: Experiências, dilemas e desafios do fazer etnográfico contemporâneo

"Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo"
Patrice Schuch, Miriam S. Vieira e Roberta Peters (Orgs).
Coleção "Práticas de Justiça e Diversidade Cultural", do Núcleo de Antropologia e Cidadania da UFRGS



Resumo: Este livro pretende discutir como a relação entre o processo de pesquisa e a produção de teorias e dados na antropologia se expressa na minúcia do trabalho antropológico, focalizando prioritariamente quatro dimensões: definição dos universos e problemas de pesquisa, escrita do diário de campo, dimensão temporal da pesquisa antropológica e a relação entre ética e a pesquisa na antropologia.

quinta-feira, 25 de março de 2010

CARTA ABERTA DOS PROFESSORES DA UnB AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Publicada no Correio Braziliense

Sr. Presidente da República, Os professores, funcionários e estudantes da Universidade de Brasília estão em GREVE contra a decisão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) de efetuar corte salarial de 26,05%, referente ao ganho judicial da URP.

O GOVERNO FEDERAL É RESPONSÁVEL PELO CORTE DOS NOSSOS SALÁRIOS. Presidente Lula, o seu ministro Paulo Bernardo, numa atitude ilegal e arbitrária, mandou o Reitor da UnB reduzir os salários de professores e servidores. Esta decisão contraria liminares de ministros do STF e do TRF, instâncias superiores ao MPOG, e afronta a autonomia universitária. O Ministro desqualificou todos os trabalhadores da UnB, acusando-nos de sermos agraciados com “ganhos indevidos” e de “enriquecimento ilícito”, além de outros impropérios. “Enriquecimento ilícito”? “Ganhos indevidos”? Os professores da UnB mantêm com a Universidade regime de dedicação exclusiva: NOSSO SALÁRIO É A NOSSA ÚNICA FONTE DE RENDA. Nossa realidade é bem diferente da situação dos ministros e ocupantes de cargos de confiança do governo ou de estatais que, além de seus salários, ampliam seus ganhos com a participação remunerada em conselhos de empresas públicas e privadas. Nossa luta é em defesa do Ensino Público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado.
Esta GREVE é para que o Governo NÃO REDUZA NOSSOS SALÁRIOS! Presidente, o seu ministro não respeita a Educação, trabalhador da Educação não é ladrão! Não ao Corte Salarial determinado pelo Governo!
A GREVE SE FORTALECE! Comando de Greve