quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Programa de Ensino: Leituras e Escritas Etnográficas


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Antropologia
Disciplina: HUM05045– Leituras e Escritas Etnográficas, turma U
Semestre: 02/2012              
Carga Horária: Teórica: 60 horas; Prática: 30 horas                 

Professora: Patrice Schuch (patrice.schuch@uol.com.br);
Assistentes de Ensino: Lucas Besen (lucasbesen@yahoo.com.br) e Alex Martins Moraes (alexmartinsmoraes@gmail.com)  
Estagiário Docente de Mestrado: Tomás Sánchez Guzman (tomasguzmansanchez@gmail.com)

Objetivos: A disciplina visa desenvolver um espaço de problematização e de exercício do fazer etnográfico, entendido como uma atividade inventiva que implica reflexões sobre a epistemologia, método e condições variadas de produção de teorias e dados em Antropologia. Dada a centralidade da etnografia no modo de produção da Antropologia, o curso focaliza as experiências e os desafios da produção etnográfica através da leitura de etnografias clássicas e contemporâneas, focando-se na discussão de questões tais como: o texto e os estilos etnográficos; a autoria e a autoridade antropológica; o trabalho de campo e a escrita antropológica; a refuncionalização e ressignificação da etnografia em contextos variados de produção. A disciplina parte do pressuposto da importância da reversibilidade da etnografia para a formação de conhecimento em antropologia e entende relacionalmente o processo de pesquisa e a produção de teorias e dados antropológicos. Nesse sentido, a disciplina objetiva também exercitar de forma contínua a produção e a experimentação de/com artefatos antropológicos variados, tais como a descrição etnográfica em seus variados estilos, focos e contextos; o diário de campo; os documentários etnográficos, fotos e instalações; a produção de monografias; etc.

Tópicos Programáticos: 1) Antropologia e Etnografia: como produzir teorias em ação? 2) Etnografias  Contemporâneas: experimentações, tensões e redimensionamentos; 3) Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Antropológico

Sistemática das Aulas:  Para carga horária teórica: aulas expositivas dialogadas, seminários com apresentação e discussão de textos, crítica textual, debate do conteúdo da disciplina a partir de documentários; reflexões orientadas por interrogações sobre o texto;  Para a carga horária prática: observações e descrições etnográficas; crítica textual; produção de textos com diferentes estilos narrativos; produção de diário de campo; entrevistas e outros artefatos da produção antropológica.

Avaliação: Os alunos receberão conceitos A (ótimo), B (muito bom), C (regular), D (insuficiente)  ou FF (falta de frequência), de acordo com seu desempenho em cada uma das seguintes atividades:

1) Participação em aula e apresentação de seminários sobre os textos do programa de ensino (30%);

2) Entrega dos exercícios solicitados ao longo do semestre (40%);

3) Entrega do trabalho final (30%). 

Durante o semestre deverá será elaborado, individualmente, pelo aluno, um portfólio, que conterá seus trabalhos desenvolvidos ao longo da disciplina. O portfólio deverá conter a auto-avaliação do aluno em relação à atividade desenvolvida, assim como a da professora e estagiários docentes. Ele deve ser entregue junto com o trabalho final da disciplina (11/01/2013)

 Os critérios para avaliação da participação nas atividades propostas serão: correção, capacidade argumentativa, bom uso da literatura antropológica e criatividade na produção de experimentações estilísticas, assim como na formação de questões acerca dos desafios e possibilidade do fazer etnográfico.

 
Atividades de Recuperação Previstas: uma prova individual, sem consulta, sobre as problemáticas tratadas na disciplina.

 
Conteúdo:

1. Apresentação da disciplina (31/08)

Apoio:

DELEUZE, Gilles (1990). “Carta a um Crítico Severo”. In: Conversações. SP. Ed. 34, 2007, p. 11-22.

DELEUZE, Gilles (1993). “A Literatura e a Vida”. In: Crítica e Clínica. SP, Editora 34, 1997, p.11-16.

 
BLOCO I: Antropologia e Etnografia: como produzir teorias em ação?

 
2. Geopolíticas do Conhecimento (14/09)

ATENÇÃO: A aula será no seminário: “Ensaios, Críticas e Leituras Antropológicas sobre Neoliberalismo: perspectivas no sistema mundo”. Local: Pantheon, a partir das 14:00h. 

Sugere-se a participação integral no seminário, especialmente na conferência do prof. Eduardo Restrepo:”Geopolíticas del conocimiento y antropología en tiempos de globalización”, (13/09, às 9:00 h, Pantheon);

Apoio:

LINS RIBEIRO, Gustavo. “Antropologias Mundiais. Para um Novo Cenário Global para a Antropologia”. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 21, n. 60, fevereiro de 2006, p.147-185.

RESTREPO, Eduardo y Arturo ESCOBAR. “Antropologías en el mundo”. In:  Jangwa Pana 3,  Santa Marta, Programa de Antropología /Universidad del Magdalena, 2004, p. 110-131.


3. O Clássico dos Clássicos: Malinowski e a construção do etnógrafo como “herói” (21/09)

MALINOWSKI, Bronislaw. (1922). “Prólogo”, “Introdução”. In: Os Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo, Coleção os Pensadores, Ed. Victor Civita, 1984,  (p. 1-8 e 14-34).

MALINOWSKI, Bronislaw. (1926) Crime e Costume na Sociedade Selvagem. Brasília, Editora da UNB, 2003 (Parte I), 1-56.

 
Apoio:
CLIFFORD, James. “Sobre a automodelagem etnográfica: Conrad e Malinowski”. In: A Experiência Etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 1998, p. 100-131.

CONRAD, Joseph (1902). Coração das Trevas. SP,  Companhia das Letras, 2008

 
 
EXERCÍCIO: A ser entregue e discutido na próxima aula (28/09): Produzir um artefato etnográfico surrealista, no sentido evocado por James Clifford (máximo 3 páginas). A justaposição de cenas/cenários/personagens pode ser realizada pelo aluno(a) a partir de trechos de literatura, de modo a compor sua produção.

 

4. O Surrealismo Etnográfico e as Etnografias Surrealistas (28/09)

CLIFFORD, James. “Sobre o Surrealismo Etnográfico”. In: A Experiência Etnográfica. Antropologia e Literatura no Século XX. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1999, p. 121-162.

Discussão dos experimentos surrealistas trazidos pelos alunos.

5. As Etnografias como “Ficções”: Clifford Geertz e a reconfiguração da escrita antropológica (05/10)

GEERTZ, Clifford. “Um Jogo Absorvente: Notas sobre a Briga de Galos Balinesa”. In: A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara, 1989, p. 278-321.

Apoio:

GEERTZ, Clifford. “Mistura de gêneros: a reconfiguração do pensamento social”. In: O Saber Local. Petrópolis, Vozes, 1997, p. 33-56.

 GEERTZ, Clifford. (1988).  “Estar lá: a antropologia e o cenário da escrita”. In:  Obras e Vidas: o antropólogo como autor. Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 2002, p. 11-39.

 6. A Autoridade etnográfica em foco: as etnografias experienciais, interpretativas, dialógicas e polifônicas (19/10)

CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. "A presença do autor e a pós-modernidade em Antropologia". In: Novos Estudos do CEBRAP. n 21, julho 1988.

 CLIFFORD, James. “Sobre a autoridade etnográfica”. In: A Experiência Etnográfica. Antropologia e Literatura no Século XX. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1999, p. 17-62.

 Apoio:

CALDEIRA, Teresa. "Uma incursão pelo lado 'não respeitável' da pesquisa de campo". Ciências Sociais Hoje, 1. Trabalho e cultura no Brasil. Recife, Brasília, CNPq ANPOCS, 1981.

 Apoio: Etnografias Recentes e seus Estilos Narrativos

DAMO, Arlei. “Cap. 10. Os Jogadores e seu Público”. In: Do Dom à Profissão. Tese de doutorado apresentada ao PPGAS/UFRGS. POA. UFRGS, 2005 (mimeo).

 FLEISCHER, Soraya. “Rios, Florestas e Alteridade: chegando à região de Melgaço, Pará”. In: Parteiras, Buchudas e Aperreios. Uma Etnografia do Atendimento Obstétrico Não Oficial em Melgaço, Pará”. Belém/Santa Cruz do Sul, Editora Paka Tatu/EDUNISC, 2011, p. 53-88.

MENEZES, Rachel A. “Em Busca da Boa Morte”. In: Em Busca da Boa Morte. Antropologia dos Cuidados Paliativos. RJ, Ed.FIOCRUZ/Garamond, 2004, p. 162-210.

 SCHUCH, Patrice. “A Inserção em Campo e o Debate sobre o ´Participar’`”. In: Práticas de Justiça: antropologia dos modos de governo da infância e da juventude no contexto pós-ECA”. POA, Editoria da UFRGS, 2009, p.81-102.


 BLOCO II – Etnografias Contemporâneas: experimentações, tensões e redimensionamentos


2.1. Etnografias:

7. Etnografia, Intersubjetividade e Experimentação  (26/10) 

SILVA, Hélio. Travesti. A Invenção do Feminino. RJ, Relume Dumará, 1993.



EXERCÍCIO: Escolha um trecho da etnografia de Hélio Silva ou Loïc Wacquant, de sua livre escolha, e comente à luz da questão: como produzir teorias antropológicas em ação? (máximo 3 páginas); Entrega e discussão: 09/11

 

8. O Pesquisador como Aprendiz: conhecimento “prático” e visceral (09/11)

WACQUANT, Loïc. Corpo e alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de Janeiro, Relume- Dumará, 2002.

Debate sobre os trechos escolhidos e comentados pelos alunos, das etnografias de Hélio Silva ou Loïc Wacquant.

 
9. Etnografias de uma Vida: Esperanza e Catarina (16/11)  

BEHAR, Ruth. “Prólogo: Víbora que Habla”. In: Cuéntame Algo Aunque Sea una Mentira: las Historias del la Comadre Esperanza. México, DF: Fondo de Cultura Económica, 2009.

BIEHL, João. 2005. “A vida cotidiana das palavras: a história de Catarina”. Cadernos da APPOA. Porto Alegre, nº 140, 2005, p. 14-29.

 
Apoio: 

BIEHL, João. “Antropologia do devir: psicofármacos – abandono social – desejo”. In: Revista de Antropologia. Vol. 51, n. 2. SP, USP, 2008, p. 413-449.

GOODY, Jack. “Da Oralidade à Escrita – reflexões antropológicas sobre o ato de narrar”. In: MORETTI, Franco (org.). Romance  1: A cultura do romance. São Paulo, CosacNaify, 2009, p 35-68.

KUNDERA, Milan (1986). “Primeira Parte: a herança depreciada de Cervantes”. In: A Arte do Romance. SP, Companhia das Letras, 2009.


EXERCÍCIO: Trazer à aula uma parte do diário de campo de sua pesquisa ou solicitar a outro pesquisador uma parte de seu diário de pesquisa. (máximo de 2 páginas). Entrega: 23/11.
 

 

2.2. Artefatos Antropológicos:

 10. Diário de Campo (23/11)

BONETTI, Aline e FLEISCHER, Soraya. “Diário de Campo: (sempre) um experimento etnográfico-literário?”. In: BONETTI, Aline e FLEISCHER, Soraya (Orgs). Saias Justas e Jogos de Cintura. Ilha de SC, Editora Mulheres/EDUNISC, 2007, p. 9-40.

 BONETTI, Aline. “O Rei está Nú! O Diário de Campo Cru e a Exposição das Etnografias”. In: SCHUCH, Patrice; VIEIRA, Miriam S.; PETERS, Roberta (Org.). Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, p. 165-176.

 FONTANARI, Ivan Paolo de F. “Nú, em Público: o diário de campo fora de lugar”. In: SCHUCH, Patrice; VIEIRA, Miriam S.; PETERS, Roberta (Org.). Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, p. 145-156.

 MALINOWSKI, Bronislaw (1967). Um diário no Sentido Estrito do Termo. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1997.

VIEIRA, Miriam S. “Diário de Campo numa Instituição de Justiça”. In: SCHUCH, Patrice; VIEIRA, Miriam S.; PETERS, Roberta (Org.). Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, p. 157-164.

Discussão dos trechos de diário de campo elaborados pelos alunos.

 
11.  A Etnografia de Rua (24/11): caminhada etnográfica pela manhã de sábado, em local a ser definido.

Apoio: ECKERT, Cornelia e ROCHA, Ana Luiza. Etnografia de rua e câmera na mão. Revista Eletrônica Studium. http://www.studium.ar.unicamp.br/oito/2.htm?=



EXERCÍCIO: Produzir um texto coletivo a respeito da caminhada etnográfica  (Finalização do texto em:  07/12).

 

12. Filme Etnográfico (30/11)

“Jean Rouch,  Subvertendo Fronteiras”. Direção: Ana Lúcia Ferraz, Edgar Teodoro da Cunha,  Paula Morgado e Renato Sztutman. SP, Laboratório da Imagem e do Som em Antropologia/USP, 2000,  41 min.

“Les Meîtres Fous” (“Los Dirigentes Locos”) –  Direção: Jean Rouch. (legendas em espanhol),  Centro Nacional de Pesquisa Científica e  Instituto 1951, 35 min.

“O Cinema é como uma Dança - Entrevista com Jean Arlau”.  Direção: Rafael Devos, Olavo Marques, Ana Luiza Rocha, Cornelia Eckert e Flávio Abreu. BIEV/PPGAS-UFRGS, POA, 2004, 35 min.

“Passagens Urbanas”. Direção: Ana Luiza Rocha de Carvalho e Olavo Marques. BIEV/PPGAS-UFRGS, POA, 2003, 25 min.

Apoio:

MENEZES, Paulo. Les Maîtres Fous, de Jean Rouch: questões epistemológicas da relação entre cinema documental e produção de conhecimento. Revista Brasileira de Ciências Sociais. 2007, vol.22, n.63, pp. 81-91.


 Bloco III: Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Antropológico
 

13. Antropologia e seus Espelhos: problematizações  (07/12)

EVANS-PRITCHARD, E. “Introdução”. In:  Os Nuer.  SP, Ed. Perspectiva, 2007, p. 5-21.

DA SILVA, Vagner Gonçalves et alli. A Antropologia e Seus Espelhos. SP. USP, 1994.

DA SILVA, Vagner Gonlçalves.”Política das Citações: outras academias, outros escritos”, “Construindo Textos, Tecendo Tradições”, “Etnografias Domésticas”, “Das Folhas ao Mel Proibido de Oxóssi”, “Escudos e Fugas: na contramão da representação” e “O Antropólogo e sua Magia”. In: O Antropólogo e sua Magia. SP, Ed. da USP, 2000, 140-184.

GORDON, Cesar. “Prefácio: a bola dentro da tora” e HIPARIDI TOP’TIRO. Auwê Xavante. “Uma Outra Apresentação: pesquisador e pesquisado”. In: VIANNA, Fernando de Luiz Brito. Boleiros do Cerrado. Índios Xavantes e o Futebol. SP, Annablume/FAPESP?ISA, 2008, p. 9-14 e 15-16.

SCHUCH, Patrice. “Antropologia com Grupos Up, Ética e Pesquisa”. In: SCHUCH, Patrice; VIEIRA, Miriam S.; PETERS, Roberta (Org.). Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010, p. 29-48.

Apoio:

EVANS-PRITCHARD, E. “Algumas Reminiscências e Reflexões sobre o Trabalho de Campo”. In: Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande. RJ, Jorge Zahar Editor, 2006.

FONSECA, Claudia. “O Anonimato e o Texto Etnográfico: dilemas éticos e políticos da etnografia ‘em casa’”. In: SCHUCH, Patrice; VIEIRA, Miriam S.; PETERS, Roberta (Org.). Experiências, Dilemas e Desafios do Fazer Etnográfico Contemporâneo. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010b, p. 205-226.

14. A Etnografia em Colaboração: muito além da escrita (14/12) – Seminário de Apresentação de Textos (5)

RAPPAPORT, Joanne - Más Allá de la Escritura: la epistemología de la antropología en colaboración. In: Revista Colombiana de Antropología. Vol. 43. 2007, p. 197-229.

SOARES, Luis Eduardo; MV Bill e ATHAYDE, Celso. Cabeça de Porco. Ed. Objetiva, 2005.

Apresentação de Alex Martins Moraes, Tomás Guzman Sánchez  e Lucas Besen sobre suas pesquisas.


15. Entrega e Apresentação dos Trabalhos Finais da Disciplina + Ética em Antropologia – Prática Etnográfica e Políticas de Regulamentação (11/01/2013)

BEVILAQUA, Ciméa. “Ética e Planos de Regulamentação da Pesquisa: princípios gerais, procedimentos contextuais”. In: FLEISCHER, Soraya e SCHUCH, Patrice (Org.). Ética e Regulamentação na Pesquisa Antropológica. Brasília, Editora da UnB/Letras Livres, 2010, p.71-90.

DINIZ, Débora. “A Pesquisa Social e os Comitês de Ética no Brasil”. In: FLEISCHER, Soraya e SCHUCH, Patrice (Org.). Ética e Regulamentação na Pesquisa Antropológica. Brasília, Editora da UnB/Letras Livres, 2010, p.183-192.
FONSECA, Claudia. “Que ética? Que ciência? Que sociedade?”. In: FLEISCHER, Soraya  e SCHUCH, Patrice (Orgs). Ética e Regulamentação na Pesquisa Antropológica. Brasília, Letras Livres/Editora da UnB, 2010a, p. 39-70.

 SCHUCH, Patrice.  A vida social ativa da ética na Antropologia (e algumas notas do “campo” para o debate). Artigo apresento na RAM 2011, Curitiba/PR (mimeo).

 Apoio:
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luis Roberto. “A Antropologia e seus Compromissos e/ou Responsabilidades Éticas”. In: FLEISCHER, Soraya e SCHUCH, Patrice (Org.). Ética e Regulamentação na Pesquisa Antropológica. Brasília, Editora da UnB/Letras Livres, 2010, p.25-38.

PORTO, Dora. “Relato de uma Experiência Concreta com a Perspectiva das Ciências da Saúde: construindo o anthropological blues”. In: FLEISCHER, Soraya e SCHUCH, Patrice (Org.). Ética e Regulamentação na Pesquisa Antropológica. Brasília, Editora da UnB/Letras Livres, 2010, p. 101-126.
RAMOS, Alcida. “A Difícil Questão do Consentimento Informado”. In: VICTORA, Ceres et alli (Org). Antropologia e ética: o debate atual no Brasil. Niterói: EdUFF-ABA, 2004, p. 91-96.


 
ATENÇÃO: Nesta aula (11/01) deverão ser entregues os trabalhos finais da disciplina, que serão apresentados pelos seus autores; a apresentação deve incorporar a seguinte questão: quais os desafios éticos suscitados a partir da elaboração do trabalho?
 
OPÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHOS FINAIS:
Opção 1: Produção de um artefato antropológico, utilizando-se dos recursos analíticos da disciplina, bem como da livre inspiração para produção de “coisas novas” sobre temática de interesse (em texto: máximo 5 páginas; produção fílmica: máximo 20 min.); 
Opção  2: Análise crítica de uma etnografia brasileira recente, a partir dos recursos analíticos discutidos na disciplina (máximo 5 páginas).














16. Dia 17/01/2013: Prova de recuperação:

 



Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível que lhe deres:
Trouxeste a chave?”

Carlos Drummond de Andrade,  Procura da Poesia

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