segunda-feira, 28 de julho de 2008

Um pouco sobre identidade, diferença e impertinências...

In: Educação & Sociedade
ISSN 0101-7330 versão impressa
Educ. Soc. v.23 n.79 Campinas ago. 2002

IDENTIDADE E DIFERENÇA: IMPERTINÊNCIAS

Tomaz Tadeu da Silva*


Resumo: A questão da identidade e da diferença está no centro de boa parte das discussões educacionais atuais. Nessa discussão, a diferença acaba, em geral, reduzida à identidade. Nesta pequena coleção de afirmações, tento, inspirado sobretudo na filosofia da diferença de Gilles Deleuze, desequilibrar o jogo em favor da diferença.
Palavras-chave: Diferença. Semelhança. Identidade. Representação.


1. A diferença não tem nada a ver com o diferente. A redução da diferença ao diferente equivale a uma redução da diferença à identidade.
2. A multiplicidade não tem nada a ver com a variedade ou a diversidade. A multiplicidade é a capacidade que a diferença tem de (se) multiplicar.
3. Não é verdade que só pode diferir aquilo que é semelhante. É justamente o contrário: só é semelhante aquilo que difere.
4. A identidade é predicativa, propositiva: x é isso. A diferença é experimental: o que fazer com x.
5. A identidade é da ordem da representação e da recognição: x representa y, x é y. A diferença é da ordem da proliferação; ela repete, ela replica: x e y e z...
6. A diferença não é uma relação entre o um e o outro. Ela é simplesmente um devir-outro.
7. A questão não consiste em reconhecer a multiplicidade, mas em ligar-se com ela, em fazer conexões, composições com ela.
8. A diferença é mais da ordem da anomalia que da anormalidade: mais do que um desvio da norma, a diferença é um movimento sem lei.
9. Quando falamos de diferença, não estamos perguntando sobre uma relação entre x e y, mas, antes, sobre como x devém outra coisa.
10. A diferença não pede tolerância, respeito ou boa-vontade. A
diferença, desrespeitosamente, simplesmente difere.
11. A identidade tem negócios com o artigo definido: o, a. A diferença, em troca, está amasiada com o artigo indefinido: um, uma.
12. A diferença não tem a ver com a diferença entre x e y, mas com o que se passa entre x e y.
13. A identidade joga pelas pontas; a diferença, pelo meio.
14. A identidade é. A diferença devém.

Retirado de:
Nesta vida, pode-se aprender três coisas com uma criança: estar sempre alegre, nunca ficar inativo e chorar com força por tudo o que se quer (Paulo Leminski).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Convite Naci

Reunião Ampliada do Naci
Data: Sexta-feira 25/7 Hora: 9:30h

Local:Mini Auditório IFCH – A2

Palestrante: Benjamin Junge (State University of New York) "Democracia participativa em 2008: queda do paraíso ou caindo na real?"

Debatedor: Arlei Damo (UFRGS

Convite


Seminário "Criminalização dos Movimentos Sociais".

Quando: 28 de julho de 2008
Local: Salão de Atos da Reitoria da UFRGS
Horário: 9h as 12h30m

Painelistas:
· Cezar Britto - Presidente da OAB Nacional (a confirmar)
· Dom Tomáz Balduíno - Comissão Pastoral da Terra
· Nita Freire - Doutora em educação PUC-SP
· Fermino Fechio - Ouvidor Nacional de Direitos Humanos
· Heloisa Fernandes - Professora da USP

*Contamos com sua participação e divulgação do evento.
*Após o Seminário, sairemos em caminhada até o Palácio da Justiça.

-Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS)
- Central Única dos Trabalhadores (CUT)
- Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)
- Comissão Pastoral da Terra (CPT)
- Confederação Nacional das Associações de Moradores(CONAM)
- Marcha Mundial das Mulheres (MMM)
- Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM)
Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD)
- Movimento Sem Terra (MST)
Movimento Estudantil (UNE)
- Pastorais Sociais (PS)
- Via Campesina
"Caminante, no hay camino, se hace camino al andar."
Antonio Machado

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Um pouco da entrevista com Deleuze...

CP: Você diz não ser culto. Diz que só lê, só vê filmes ou só olha as coisas para um saber preciso: aquele de que necessita para um trabalho definido, preciso, que está fazendo, mas, ao mesmo tempo, você vai todos os sábados a uma exposição, a um filme do grande campo cultural, tem-se a impressão de que há uma espécie de esforço para a cultura, que você sistematiza e que tem uma prática cultural, ou seja, que você sai, faz um esforço, tende a se cultivar e, entretanto, diz que não é culto. Como explica tal paradoxo? Você não é culto?

Gilles Deleuze: Não, quando lhe digo que não me vejo, realmente, como um intelectual, não me vejo como alguém culto por uma razão simples: é que quando vejo alguém culto, fico assustado, não fico tão admirado, admiro certas coisas, outras, não, mas fico assustado. A gente nota alguém culto. É um saber sobretudo assustador. Vemos isso em muitos intelectuais, eles sabem tudo, bem, não sei, sabem tudo, estão a par de tudo, sabem a história da Itália, da Renascença, sabem geografia do Pólo Norte, sabem... podemos fazer uma lista, eles sabem tudo, podem falar de tudo. É abominável. Quando digo que não sou culto, nem intelectual, quero dizer algo bem fácil, é que não tenho saber de reserva. Pelo menos não tenho esse problema. Com minha morte, não se precisará procurar o que tenho para publicar, nada, pois não tenho reserva alguma. Não tenho nada, provisão alguma, nenhum saber de provisão, e tudo o que aprendo, aprendo para certa tarefa, e, feita a tarefa, esqueço. De modo que, se dez anos depois, sou forçado, isso me alegra, se sou forçado a me colocar em algo vizinho ou no mesmo tema, tenho de recomeçar do zero. Exceto em alguns casos raros, pois Spinoza está em meu coração, não o esqueço, é meu coração, não minha cabeça, senão... Por que não admiro essa cultura assustadora? Pessoas que falam...
Disponível em:

terça-feira, 22 de julho de 2008

Luz Vermelha no Rio Grande do Sul

Por: PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO

Explicam-se, pois, as manifestações de perplexidade e indignação ante o tom raivoso e sectário do Ministério Público gaúcho

UMA LUZ vermelha se acendeu em todos os setores democráticos com a publicação da ata de uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, dedicada à análise da situação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).O motivo do alerta são as propostas aprovadas unanimemente pelos conselheiros: a primeira foi designar uma equipe de promotores para promover ação civil pública visando a dissolução do MST e a declará-lo ilegal.A essa medida draconiana seguem-se outras: suspender deslocamentos em massa de trabalhadores sem terra; impedir a presença de crianças e adolescentes em marchas e acampamentos; investigar acampados e dirigentes do movimento por crime organizado e uso de verbas públicas; verificar ocorrência de desequilíbrio eleitoral nos locais de acampamentos e assentamentos, promovendo, em caso positivo, o cancelamento dos eleitores; intervir em três escolas mantidas pelo MST; verificar se há paridade entre assentamentos e empresas rurais na avaliação do Incra a respeito do cumprimento da função social da propriedade e da produtividade dos imóveis; desativar acampamentos próximos à fazenda Coqueiros.A simples leitura dessa "Blitzkrieg" de medidas inibidoras da ação dos sem terra deixa perplexos os que se habituaram a ver no Ministério Público uma instituição formada por profissionais do mais alto nível, pois, além de evidentes inconstitucionalida des, o texto está vazado em linguagem imprecisa e, em alguns casos, evidentemente emprestada dos manifestos das organizações ruralistas mais reacionárias.Isso ocorre no momento em que os cultores do Estado democrático de Direito estão preocupados com o ciclo de restrição das garantias e liberdades individuais e coletivas que surgiu com a desvairada reação norte-americana aos atentados do 11 de Setembro. Essa onda reacionária, que já se manifestou igualmente na França, na Itália e em outros países, parece estar chegando ao Brasil e precisa ser energicamente repelida.Não será difícil para os advogados do MST barrar na esfera judicial as medidas propostas na infeliz reunião do Ministério Publico gaúcho. Por isso, não há necessidade de refutá-las uma a uma. O que, sim, demanda consideração pelas pessoas de formação democrática é o grave dano que a injustificada atitude de um braço estadual causa ao Ministério Público de todo o país.Os constituintes de 1988, com plena consciência do passo que estavam dando, talharam de forma inovadora o capítulo do Ministério Público na Constituição Federal. Tratava-se de dotar o Estado brasileiro de uma instituição com poderes adequados à fiscalização e à promoção do cumprimento da lei.Por isso, além das tradicionais atribuições relativas à perseguição criminal, o Ministério Público adquiriu poder para, na defesa de interesses coletivos ou difusos, acionar a Justiça contra pessoas jurídicas de direito privado, órgãos da administração pública e até Poderes do Estado.A magnitude desse avanço na concepção do Estado democrático de Direito pode ser medida pela confiança que as organizações populares, as igrejas, os sindicatos, os partidos e os grupos de cidadãos, em todos os cantos do país, passaram a depositar nos promotores de Justiça.Esse conceito tem um preço: imparcialidade, coragem, sintonia total com o texto e o espírito da Constituição. Explicam-se, pois, as manifestações de perplexidade e de indignação de entidades da sociedade civil e, inclusive, de associações de promotores de Justiça de várias partes do país diante do tom raivoso e sectário do Ministério Público gaúcho.A proposta de jogar o MST na ilegalidade é insensata e revela crasso desconhecimento do papel que esse movimento desempenha no grave conflito agrário do país. Como a burguesia brasileira imagina que possa sobreviver uma população de milhões de pessoas sem terra para produzir o seu sustento, sem emprego no campo, sem emprego na cidade e sem reforma agrária?Ao organizar a pressão dessa população, o MST lhes oferece a esperança que mantém a disputa dentro de parâmetros compatíveis com a vida democrática. Exagerar a gravidade dos atos de desobediência civil que o movimento promove para sensibilizar a opinião pública é estratégia dos grandes proprietários. Não tem o menor cabimento que um órgão do Estado a encampe.As pessoas que têm elevada consideração pelo Ministério Público esperam uma reação enérgica dos membros da corporação contra o que constitui, sob qualquer ângulo de análise, uma deturpação das atribuições que a Constituição conferiu à instituição.

PLINIO DE ARRUDA SAMPAIO , 78, advogado, é presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária) e diretor do "Correio da Cidadania". Foi deputado federal pelo PT-SP (1985-91) e consultor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).

Publicado na Folha de São Paulo, em 22/07/2008

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Convite: Seminário Internacional Custos da Integração Regional e os Direitos Humanos

Com o objetivo de contribuir para o debate e para a construção de visõescríticas alternativas ao chamado novo regionalismo sul-americano,considerando os custos sociais, econômicos, culturais e ambientaisenvolvidos na sua implementação, e seus impactos sobre os direitoshumanos,o Inesc realiza nos dias 17 e 18 de julho o seminário internacional Custosda Integração Regional e os Direitos Humanos.
A programação estádisponível no site e as inscrições podem ser feitas no dia do evento, no local.
Quando 17/07/2008 12:30 até 18/07/2008 17:00
Onde San Marco Hotel - Brasília
Objetivos:Contribuir para o debate e para a construção de visões críticoalternativasao chamado novo regionalismo sul-americano, implementado pelos governoseorganismos multilaterais na região a partir dos anos 1990, considerandooscustos sociais, econômicos, culturais e ambientais envolvidos na suaimplementação, e seus impactos sobre os direitos humanos.
Programação (preliminar)
Dia 17 de julho
12:30 às 14:30 – Almoço de abertura: Boas vindas com a palestra da Senadora Marina Silva
14:30 às 15:30 - Mesa 1: Dimensão financeira da integração regional Palestrantes:Carlos Eduardo de Carvalho (Pontifícia Universidade Católica – SãoPaulo)Nildo Ouriques (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC)Margarita Florez (Instituto Latinoamericano de Servicios LegalesAlternativos - ILSA/Colômbia)Representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDESProvocador:Evilásio Salvador (Fórum Brasil do Orçamento-FBO/ Instituto de EstudosSocioeconômicos - Inesc)
15:30 às 16:15- Debate
16:30 – 17:30 – Mesa 2: Dimensão socioambiental da integraçãoPalestrantes:Eduardo Gudynas ( Centro Latino Americano de Ecologia Social -CLAES/Uruguai)Rubens Born (Vitae Civilis)Adriana Ramos (Instituto Socioambiental - ISA)Provocador:Moema Miranda (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas -Ibase)
17:30 às 18:15 – Debate
Dia 18 de julho
9:00 às 10:00 – Mesa 3: Dimensão política da integração regionalPalestrantes:Gustavo Codas (assessor de relações internacionais da Central Única dosTrabalhadores - CUT)Rodolfo Lourtet (Observatório del Mercosur/Uruguai)Ricardo Sennes (Pontifícia Universidade Católica - PUC- São Paulo)Cássio França (Fundação Friedrich Ebert)Provocador:Kátia Maia (Oxfam Internacional)
10:00 às 10:45 – debate
11:00 – 12:00 – Mesa 4: Dimensão cultural da integração: as identidadesemrisco no contexto da integração regionalPalestrantes:Pedro Cláudio Cunca Bocayuva (Fase)Mariza Veloso (Universidade de Brasília - UnB)José Jorge de Carvalho (Universidade de Brasília - UnB)Provocador:Iara Pietricovsky (Instituto de Estudos Socioeconômicos - Inesc)
12:00 às 12:45 – debate
12:45 às 14:30 – Almoço com lançamento do Livro: “A IntegraçãoEnergéticaSul Americana – subsídios para uma agenda socioambiental” .Intervenção: Mirian Nuti
14:30 às 15:30 - Mesa 5: Dimensão do Mundo do Trabalho na integraçãoregionalPalestrantes:Márcia Sprandel (consultora do Senado Federal)Eneida Dultra (Centro Feminista de Estudos e Assessoria - Cfemea)Alberto Broch (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura -Contag)Provocador:Atila Roque (Instituto de Estudos Socioeconômicos - Inesc)
15:30 às 16:15 – Debate
16:15 as 17:00 – Mesa de Encerramento: estratégias e encaminhamentosModeradores:Atila Roque e Iara Pietricovsky (Instituto de Estudos Socioeconômicos -Inesc)
Mas informaciones en:http://www.inesc. org.br

terça-feira, 8 de julho de 2008

Importante:


Comunidade Guarani é expulsa de beira de estrada pelo poder estadual em Eldorado do Sul-RS

No dia primeiro de julho de 2008, comunidade Mbya Guarani foi despejada pela Brigada Militar de um acampamento situado à beira da Estrada do Conde, município de Eldorado do Sul, próximo à cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Policiais da Brigada Militar (Polícia Estadual do RS), acompanhados do Oficial de Justiça Bruce Medeiros, efetivaram o desalojo no dia primeiro de julho de 2008. Por ocasião do Mandado de Reintegração de Posse (Processo 165/1.08.0001027-9), ajuizado pela FEPAGRO - Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária, e deferido pela Juíza Luciane Di Domenico, do Poder Judiciário do Estado da Comarca de Eldorado do Sul, RS.
A situação é grave, uma vez que o acampamento Guarani estava fora da área indicada no mandado, ou seja, FORA da propriedade da FEPAGRO, o que claramente invalida a própria ação judicial. Os Policiais Militares, junto aos funcionários da FEPAGRO recolheram os artesanatos e destruíram a faconadas as estruturas das habitações Guarani, sem a autorização ou presença da FUNAI ou da Polícia Federal, os únicos órgãos com competência para tratar da questão indígena, segundo o artigo 231 da Constituição Federal. Ao solicitar a presença dessas instituições, o líder guarani Santiago Franco não foi respeitado e, devido sua insistência, foi algemado e arrastado à força para uma viatura da Polícia, deixando desamparados as mulheres e crianças de sua família.
Soma-se a este quadro de irregularidades o fato do mandado de despejo e reintegração de posse ter sido emitido tendo como antecendentes e réus um grupo da etnia Kaingang que havia sido previamente removido do local, ser empregado em detrimento do grupo Guarani que não se encontrava no interior da área citada no mandato.
Por toda a bacia hidrográfica do lago Guaíba (onde se encontram diversas cidades, entre elas, Porto Alegre e Guaíba) está repleta de indícios de ocupação Guarani, algumas com alguns milhares de anos, outras que existiram até início da década de 1920. Em um estudo arqueológico da década de 1975, o arqueólogo Sérgio Leite aponta para a existência de um sítio arqueológico na área da FEPAGRO. Segundo o próprio cacique Santiago, "meus antepassados moraram aqui, temos prova de que essa terra é Guarani".
Chamados pelos próprios Guarani no momento da ação, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul registraram os ocorridos em video.
Veja e baixe aqui o video do despejo: http://wethetv.org/node/8

E leia os textos relacionados:

Texto da Comissão de Apoio sobre a expulsão da Comunidade Guarani de Eldorado do Sul - RS:

http://midiaindependente.org/
http://midiaindependente.org/pt/blue/2008/07/424007.shtml




Apoio
Comissão Nacional Guarani Yvy Rupa
Articulação Nacional Guarani - Centro de Trabalho Indigenista
Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT/UFRGS)
Laboratório de Arqueologia e Etnologia (LAE/UFRGS)
Coletivo Mentes Plurais

A Inquietude - Man Ray


segunda-feira, 7 de julho de 2008

III Fórum Social Mundial das Migrações

Ahora que ya por fin vamos acabando, con mejor o peor fortuna, queríainformaros a todos los compañeros del foro que durante los días 11 al 13 de septiembre se va a celebrar en Rivas-Vaciamadrid (Madrid ) el III FORO SOCIAL MUNDIAL DE LAS MIGRACIONES. Creo que puede serinteresante para todos nosotros .Se reúnen en él representantes de redes y organizaciones sociales delos cinco continentes. Habrá más de 70 conferencias, talleres yseminarios. Los debates girarán en torno a cinco ejes temáticos. El primero, las migraciones en el contexto de la globalización económica neoliberal, los escenarios en que se producen los fenómenos migratorios o la situación de los más de 50 millones de personas ensituación de asilo, refugio y desplazamiento, etc. Se están solicitando voluntarios para diversos temas.
La página web es www.fsmm2008.org . El teléfono de información es el 91 2817400 y elcorreo fororivas@rivas-vaciamadrid.org . Espero que sea de vuestrointerés y si venís por Rivas-Vaciamadrid seréis bienvenidos.

I Ciclo de Debates: Cinema e Criminologia


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Convite: Seminário Permanente 2008 - Centro de Antropologia Social - Buenos Aires/Argentina

Centro de Antropología Social – IDES

Seminario Permanente 2008
Coordinación académica: Diana Milstein

El Centro de Antropología Social del IDES, se complace en invitarlo a su Seminario Permanente. Dicho ciclo, iniciado en el 2004, tiene por objetivo exponer y debatir las investigaciones desarrolladas en el campo de la Antropología Social.

El Seminario Permanente tiene lugar los primeros lunes de cada mes, a partir de las 18:00 hs. en el IDES, Aráoz 2838, Ciudad de Buenos Aires.

Próximo encuentro

7 de julio
“La proyección del enfoque etnográfico en la facilitación organizacional de procesos participativos”
Expone Ariel Gravano
Comenta Laura Golpe
El desarrollo de las reuniones prevé la participación de los asistentes de acuerdo a la siguiente modalidad: 20 minutos para la exposición del trabajo, 20 minutos a cargo de un comentarista designado especialmente para cada encuentro y 80 minutos para el debate entre autores, comentarista y asistentes.
Se sugiere la lectura previa del material, que se adjunta a este mensaje.
Próximos Encuentros:
Agosto sin actividad por la coincidencia con el IX CAAS
1 de septiembre
“Lengua(s) y memoria(s): reflexiones posibles en torno al discurso de la prohibición del guaraní en la provincia de Corrientes”
Expone Carolina Gandulfo
Comenta Elena Achilli Elena Achilli

6 de octubre
“The Genesis of Embryons and Ethics In Vitro: An Ethnographic Analysis of Assisted Reproduction Practices In Argentina”
Expone Kelly Raspberry
Comenta María Epele

3 de noviembre
"Socio de la Luz: Trabajo y conciencia en el Centro de Kabbalah en Buenos Aires"
Expone Hanna Skartveit
Comenta María Julia Carozzi

1 de diciembre
“A morte que anima a vida: etnografia dos conflitos em torno de terras para viver e para morrer na África do Sul contemporânea”
Expone Antonádia Borges
Comenta Claudia Briones

Cualquier inquietud, no duden en escribirnos a nuestra casilla de correo: cas@ides.org.ar